Apesar de não ser o primeiro pedido de impeachment contra o governador – o deputado Carlos Gianazzi (PSOL) já havia oficializado um em 2014 -, funcionários da Assembleia Legislativa se surpreenderam com a iniciativa de um empresário, que pede o afastamento do tucano por descumprir decisão judicial sobre a chamada ‘reorganização escolar’
Felipe protoclando o pedido de impeachment no plenário da Assembleia
“Me mandaram para uma área de protocolos e o pessoal, quando viu do que se tratava, se reuniu e começou a falar ‘meu deus, finalmente!’”, revelou o empresário. De acordo com Felipe, um secretário, então, o encaminhou até a mesa do plenário, que estava vazio, onde o pedido foi carimbado.
O argumento para que Alckmin sofra um processo de impeachment, pelo pedido, é que ele teria descumprido a lei federal que garante o livre direito a manifestação quando reprimiu estudantes que ocupavam escolas que seriam fechadas e por ter, supostamente, descumprido uma ordem judicial de interromper a chamada ‘reorganização’ escolar. De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, a Apeoesp, o governador vem promovendo uma ‘reorganização escolar disfarçada’ e fechando salas de aula.
“A presente demanda tem o intuito de apurar e impor sanções ao governador do Estado de São Paulo pela prática de crimes de responsabilidade no exercício do atual mandato, em virtude do desrespeito ao livre direito de manifestação, descumprimento de ordem judicial e descumprimento de lei federal, todos relacionados com a denominada “‘reorganização escolar’”, diz trecho do pedido.
“À priori foi simbólico, sim. Mas o rebuliço foi tão grande que me pergunto se isso [o impeachment] está tão longe assim”, afirmou.
Foto: Agência Senado
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