João Leao, vice-governador da Bahia
Depois da especulação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), articula para o PP apoiar a eventual candidatura de ACM Neto (DEM) ao governo da Bahia, o governador Rui Costa (PT) fez questão de dizer, ontem, que o presidente do PP no estado e vice-governador, João Leão, terá “prioridade” na sua chapa à reeleição. O petista baiano deixou Leão à vontade para escolher se quer continuar no mesmo posto ou se deseja concorrer ao Senado no pleito deste ano. “Me reuni com o PP antes do carnaval e estava tudo tranquilo. [Anteontem] Estive com Leão e já disse que ele terá prioridade para escolher o lugar da chapa, se ele prefere continuar como vice ou ser senador. Essa deferência ele merece. Vamos avaliar com calma. Nem eu tenho pressa e nem quero apressá-lo, daqui para junho definimos isso”, afirmou, em entrevista à imprensa, durante a tradicional feijoada da Polícia Militar após o carnaval.Anteontem, em Salvador, o presidente Rodrigo Maia se esquivou, quando indagado se articula apoio do Partido Progressista para Neto. “Esse negócio do PP, eu não sei”, afirmou, depois do correligionário sussurrar-lhe algo ao ouvido. O governador evitou, também, comentar a especulação de seu oponente, ACM Neto, pode não entrar na disputa eleitoral. “Esse ano tem Copa do Mundo e eu vou torcer como todos os brasileiros para o Brasil ser campeão. E eu não gosto do treinador ou do time que fica olhando para a tabela e fica torcendo pra um ou outro time empatar, se preocupando com quem vai ser seu adversário ao longo da tabela. Quem se preocupa demais com isso, esquece do próprio time. Quero focar no trabalho, independente de quem seja o aniversário. Vamos trabalhar duro para vencer a eleição”, pontuou.Nos bastidores, o comentário é que o prefeito de Salvador pode não entrar na corrida eleitoral deste ano por três motivos. O primeiro porque ele teria que renunciar o posto de prefeito em abril para concorrer, enquanto seu principal adversário, o governador Rui Costa, deve tentar a reeleição no cargo. O segundo seria o fato de que, se perder, terá que ficar sem mandato até 2022, já que a legislação eleitoral o impede de tentar voltar à prefeitura em 2020, pois, seria considerado um terceiro mandato consecutivo. O último motivo é que, se Rui conseguir a reeleição, o PT vai para 16 anos de poder consecutivo e Neto aposta que sofrerá o desgaste natural do tempo, enquanto ele tem grandes chances de terminar o mandato bem avaliado. O prefeito, no entanto, refutou todas as especulações.
Tribuna da Bahia
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