Prefeito ACM Neto
Com a decisão praticamente amadurecida do prefeito ACM Neto (DEM) de não coligar com o PMDB caso concorra ao governo do Estado, o PP, partido hoje na base do governador Rui Costa (PT), aparece como o partido mais cobiçado pelo time do democrata para a eventualidade de disputar a sucessão de outubro. Segundo a coluna Satélite, do Correio, jornal de sua família, o prefeito teria dito ontem, alto e bom som, que se o PP o apoiar ele sai candidato.
A afirmação teria sido feita diretamente ao líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), que usou o pretexto do Carnaval baiano para visitar o prefeito. Neto teria feito a declaração porque, sem o tempo de televisão do PMDB, ele precisaria, como compensação, da coligação formal com o PP ou mesmo com o PR, outra legenda da base do governador com que vira e mexe aliados do prefeito conversam sobre apoio na sucessão, para assegurar aparição razoável na campanha.
Para o time do prefeito, o maior impedimento hoje para que o PP rompa com Rui e declare apoio a Neto é o vice-governador João Leão. Leão seria, na prática, segundo esta versão, o único quadro da legenda que resiste a um entendimento com o grupo do prefeito. Seu filho, o deputado federal Cacá, um dos supostos negociadores da aproximação com o time de Neto, tem dito que o pai criou uma enorme amizade com o grupo de Rui e Jaques Wagner, apesar “de não ter direito a nada no grupo dos petistas”.
Durante o Carnaval, numa espécie de contraofensiva em relação ao grupo do prefeito, o governador chegou a anunciar publicamente que Leão será o que quiser em sua chapa – candidato ao Senado ou à vice -, praticamente colocando de escanteio outro importante partido aliado, o PSD. A confirmação de que Leão tem prioridade na chapa foi repetida por Rui Costa ontem. “O que segura o PP é Leão. Cacá já nos disse mais de uma vez”, contou ao Política Livre importante aliado do prefeito.
De acordo com um deputado federal que circulou com Neto durante o Carnaval, o sonho de consumo do DEM é que Cacá Leão pudesse ocupar uma das vagas ao Senado disponíveis na chapa com que o prefeito pretende concorrer. “Este seria o cenário perfeito. Leão abrir mão de uma aliança com o governo para deixar a liderança do filho emergir”, completa o parlamentar, observando que pode-se dizer que os problemas do prefeito com relação à candidatura seriam resolvidos caso isso acontecesse
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