O ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner falou sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, em uma entrevista a uma rádio de Salvador, nesta sexta-feira (20/05). Na ocasião, Wagner destacou o papel dos deputados federais e senadores baianos, que votaram, em maioria, contra o afastamento da presidenta.
A Bahia foi o estado em que Dilma não só conseguiu maioria de votos entre os parlamentares – houve maioria também no Ceará e no Amapá -, mas também o maior número de votos entre todos os estados. Na avaliação do ex-ministro, um dos principais articuladores do governo afastado, o grupo baiano revelou coerência e união.
“O nosso grupo da Bahia mostrou que tem unidade e isso é motivo de orgulho para nós. É um grupo que se gosta, que tem aliança”, garantiu Jaques Wagner. Na entrevista, ele defendeu a presidenta Dilma dos crimes de que é acusada e também lembrou dos momentos finais do governo, antes do afastamento: “Os últimos momentos foram muito dramáticos”.
Wagner também condenou a articulação da oposição pela materialização do impeachment, que, segundo ele, começou em janeiro de 2015, logo após a derrota nas eleições de 2014. “Os caras inventaram o impeachment em janeiro de 2015 e desde então estavam procurando um crime. Todos sabiam que a mulher não cometeu crime de responsabilidade. O que chamaram de pelada foi o que todos fizeram”.
Sobre as críticas que as pessoas contrárias ao impeachment vêm recebendo por usar o termo golpe para se referir ao processo, Wagner afirmou que, se o problema é a palavra, há outras que podem ser usadas para traduzir o fato. “Podemos usar farsa no lugar de golpe, já que se incomodam (…) Foi um processo artificial e uma violência contra a democracia”, finalizou
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