Já o deputado federal e líder do PT na Câmara, Afonso Florence, afirmou que o governo interino está promovendo uma “verdadeira guerra contra os direitos sociais, econômicos e trabalhistas do povo brasileiro”. “É um governo com um ministério só de homens, brancos, ricos, com muitos deles investigados na Operação Lava-Jato e que buscaram, como ministros, foro privilegiado”, observou Florence.
O petista baiano apontou a área de saúde como um dos principais alvos do governo Temer e citou o exemplo em que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que quer acabar com o Sistema Único de Saúde (SUS) porque este não cabe no orçamento, além de ameaçar o Programa Mais Médicos, criado por Dilma e que atende a mais de 45 milhões de brasileiros. “É preciso garantir a continuidade do SUS e do Mais Médicos”, defendeu o parlamentar. Ele também criticou o fim do ministério da Previdência Social, que agora virou mera repartição do ministério da Fazenda. Para Florence, com a visão privatista do golpista Temer, pesa uma grande ameaça aos aposentados e pensionistas do INSS. “Estão todos sob risco, é o prenúncio de cortes de recursos da Previdência”, advertiu.
”Esse governo não tem legitimidade, é oriundo de um golpe na democracia e no mandato legítimo da presidenta Dilma”, acrescentou o líder. “É um golpe na vontade dos eleitores que votaram no segundo turno, em 2014, numa política de continuidade da ampliação da oferta de serviços públicos”, protestou.
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