Adolfo Menezes deve ser o nome do PSD, do PSB e do PT
O deputado estadual Marcelo Nilo (PSB) disse há pouco a este Política Livre que seu partido, o PSD e o PT devem se unir na Assembleia para lançar um candidato à sucessão do presidente Angelo Coronel (PSD), cujo mandato expira em 2 de fevereiro. O objetivo é derrotar o candidato do PP, deputado estadual Nelson Leal.
Nilo calcula que, com os 23 votos que o grupo reúne, pode ser eleito um representante de qualquer um dos partidos à presidência da Casa. A previsão do deputado ganhou força depois que, num encontro esta tarde com a bancada estadual, o governador Rui Costa (PT) impôs condições para a escolha do candidato governista.
Rui disse que assumirá como seu o candidato que obtiver o apoio da maioria da bancada, o que, segundo acrescentou, pode ser definido da forma que os parlamentares governistas escolherem, inclusive por votação aberta ou secreta. Só então, disse o governador, o escolhido pode buscar o apoio da oposição.
Apesar de Nilo não ter citado nomes, este Política Livre apurou que o nome mais forte para receber o apoio dos três partidos é o do deputado estadual Adolfo Menezes, do PSD, a quem, segundo o grupo, as condições impostas pelo governador podem acabar beneficiando, caso Nelson Leal não conquiste votos entre eles.
Responsável pela antecipação da disputa, Leal tem hoje ao seu lado 19 parlamentares, reunidos em seu partido, no PCdoB, no PRP e no PHS. O apoio dos comunistas à candidatura do parlamentar irritou o senador Otto Alencar, presidente do PSD, que demonstrou seu descontentamento publicamente.
A disputa entre Menezes e Leal opõe Otto e o vice-governador do Estado, João Leão, presidente estadual do PP, pela primeira vez desde que os dois se aliaram em apoio à primeira eleição de Rui ao governo, em 2014. A união dos dois viabilizou também a vitória de Angelo Coronel à presidência da Assembleia dois anos atrás.
Leão bate pé firme que, naquele momento, o PP assumiu o compromisso de eleger Coronel em troca do apoio do PSD na sucessão seguinte. Coronel e Otto alegam que teriam se comprometido pessoalmente com o deputado do PP Luiz Augusto, que abriu mão de sua candidatura para apoiar o candidato do PSD.
Como ele não se reelegeu, estariam livres para apoiar um nome de seu próprio partido.
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