quarta-feira, 23 de maio de 2018

Fortuna no guarda-roupa é ‘sobra de campanha’ e ‘doação do pai’, diz prefeito preso

Foto de aproximadamente R$ 4,6 milhões e US$ 217 mil, apreendidos em residência de agente político em Mongaguá/SP



Preso em flagrante com R$ 4,6 milhões no guarda-roupa de sua casa e US$ 216 mil, tudo em dinheiro vivo, o prefeito afastado de Mongaguá, no litoral paulista, Artur Parada Prócida (PSDB) pede liberdade. A defesa do tucano, alvo da Operação Prato Feito, entrou com pedido liminar em habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes vai analisar o caso. Em depoimento, Artur afirmou que os R$ 4,6 milhões ‘decorrem de sobras de suas campanhas políticas’. O tucano registrou que ‘está no quinto mandato de prefeito do município de Mongaguá’. “Sobre o montante em espécie em moeda estrangeira (dólares) afirma que decorre de doação de seu pai em razão do falecimento, ocorrido há cerca de 10 ou 15 anos, não se recorda neste momento; que gostaria de esclarecer que deste dinheiro não existiu nenhum real de propina, sendo todas as prestações de contas de seus mandatos aprovadas pelo Tribunal de Contas”, disse. vA Prato Feito foi deflagrada em 9 de maio. A operação investiga desvios e fraudes em licitações de merenda e material de limpeza e escolar para a educação na prefeitura de São Paulo e de outras 29 cidades. Naquele dia, Artur foi preso em flagrante por crime de lavagem de dinheiro. Em despacho, a Polícia Federal afirmou que o valor milionário estava oculto na casa do tucano e se tratava de ‘vantagem ilícita recebida (prova inequívoca do delito de corrupção passiva que até então se suspeitava, na modalidade de receber vantagem indevida) de empresários que contratam com a Administração Pública de Mongaguá’. Leia mais no Estadão.

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