Cadeira de ACM Neto estará em disputa | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ BN
Outubro de 2020 está longe e muita coisa deve acontecer até as urnas para prefeito e vereador serem finalmente fechadas. No entanto, o levantamento encomendado pelo Bahia Notícias e pelo Grupo Metrópole ao Instituto Paraná Pesquisas mostra que a presença nas últimas eleições é um fator marcante para que eleitores citem políticos como opção de voto. E mais: a maioria da população de Salvador não tem ideia de quem pode ser candidato ao Palácio Thomé de Souza no próximo ano.
O cenário é bem natural. Os candidatos ainda não estão oficialmente postos, apesar de inúmeras movimentações acontecerem nos bastidores. Por isso, mesmo no cenário pulverizado, com 13 nomes, há certa diferença entre o grupo mais à frente nas intenções de voto e aqueles mais próximos da lanterna. Nomes como Irmão Lázaro (PR), Alice Portugal (PCdoB), Nelson Pelegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB) têm um recall eleitoral significativo e pontuam com mais de um dígito na pesquisa. O único nome que esteve fora de uma eleição majoritária e que aparece com dois dígitos é o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), virtual candidato a ser ungido como sucessor de ACM Neto (DEM) no grupo político do gestor da capital baiana.
A mesma situação se repete com Alice e Pelegrino, quando as listas ficam mais reduzida. Os dois últimos candidatos a prefeito com o apoio oficial do então governador da Bahia – Pelegrino em 2012 e Alice em 2016 – somam duas casas decimais na corrida, acompanhados com certa proximidade por Bruno Reis. A avaliação nas pesquisas estimuladas é que a presença em disputas recentes pelo Executivo é importante para aparecer com frequência na lembrança dos eleitores e que o prefeito ACM Neto pode, efetivamente, transferir capital político para o vice-prefeito, caso opte por ele como candidato em 2020.
O cenário espontâneo, quando não são citados nomes para os entrevistados, é que acaba sendo ligeiramente favorável ao atual ocupante do segundo posto em comando na cidade da Bahia. Mesmo não sendo formalmente candidato a prefeito, Bruno Reis foi o mais citado neste recorte, ainda que tenha sido com percentual muito baixo. Já o prefeito de Salvador, que não pode ser candidato à reeleição, pode ser considerado o grande eleitor, já que seria opção para um número expressivo de eleitores. Todavia, quase 64% dos entrevistados não têm ideia de quem pode ser candidato a prefeito. Ou seja, qualquer um pode crescer exponencialmente, a depender da conjuntura política-eleitoral da época. Inclusive nomes com um pé fora da cena partidária, como Guilherme Bellintani, Fábio Vilas-Boas e Nizan Guanaes.
Mesmo que não seja possível cravar qualquer afirmação sobre o pleito de outubro do próximo ano a partir desse levantamento, já conseguimos ver que o cenário pulverizado mantém dois pelotões de candidaturas mais competitivas e que cenários mais restritos tendem a favorecer nomes já conhecidos da população. Qualquer avaliação além disso é um exercício de futurologia e, se tivesse esse poder, teria apostado os seis números premiados da Mega-Sena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.