quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Paga pela Câmara, doméstica trabalhava para mãe de Jonga Bacelar

    



Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

Paga pela Câmara dos Deputados, a empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento trabalhava para a mãe do deputado federal João Carlos Bacelar (PR), segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em depoimento, Maria afirmou que “desde 2002 é empregada da família de Bacelar [o pai do deputado], tendo trabalhado diretamente com este entre os anos de 2002 a 2008”. “Com o falecimento de João Carlos Paolilo Bacelar, passou a trabalhar com João Carlos Paolilo Bacelar Filho até o ano de 2011, a partir do qual passou a trabalhar diretamente com a Sra Lígia Silva Bacelar, viúva de João Bacelar”, diz o a queixa.
Para a matriarca da família, Maria do Carmo prestou serviços domésticos em sua residência. Além disso, a doméstica disse que nunca foi servidora da Câmara. A PGR ressalta no documento que a trabalhadora é “simples” e o depoimento “evidencia a sua verdadeira atividade laboral”.
Além da própria declaração da investigada, a PGR colheu depoimentos de funcionário do gabinete de Bacelar que declararam nunca ter visto Maria do Carmo no local.
Na tentativa de justificar a nomeação de Maria do Carmo como servidora comissionada da Câmara dos Deputados, Jonga Bacelar, nos autos de Inquérito Civil, afirmou que Maria do Carmo prestava o serviço de copeira, atividade distinta da exercida por um Secretário Parlamentar.
No quadro de remunerações da Casa, de 2007 a 2011, a “funcionária fantasma” recebeu entre R$ 2,04 mil e R$ 3,7 mil. Pelas irregularidades identificadas, a PGR pede a perda de mandato do deputado baiano.

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