Deputados estaduais e federais do
PP insatisfeitos já sinalizam que pretendem mudar para o partido do senador
Otto Alencar (PSD). Entre as razões, estariam o posicionamento do partido em
relação aos congressistas que votaram contra o impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT) e o relacionamento com o governo do estado, de quem é
aliado na Bahia. Em conversa com a Tribuna, o deputado estadual Robinho deixou
claro que, tanto ele quanto os parlamentares federais Ronaldo Carletto e
Roberto Britto, estão negociando com Otto Alencar. “Sou da liderança do
deputado Carletto. Não temos nenhum descontentamento com a base do governo,
entendemos as dificuldades da Bahia. Temos um problema dentro do partido, e
entendemos que a melhor opção hoje, para nós, é ficar com Otto”, justificou,
informando que Carletto e Britto acionaram o PP na Justiça por não terem
recebido recursos do fundo partidário nas últimas eleições.“Existe um
descontentamento da minha pessoa com a direção do partido desde as eleições, e
existe um descontentamento dos deputados Roberto Britto e Ronaldo Carletto pela
questão do fundo partidário, que eles não receberam. E outros problemas
internos”, continuou o pepista. Robinho declarou ainda que está estudando uma
maneira de largar a sigla sem correr o risco de perder o mandato.Por outro
lado, o deputado estadual Luiz Augusto negou que tenha a intenção de se
desfiliar do PP, mas fez questão de deixar claro o próprio descontentamento com
as relações políticas desenvolvidas dentro do governo estadual. “A princípio
estou bem com o partido, e não vejo janela para sair. Não há uma possibilidade
real de mudar de partido só porque estou insatisfeito com o governo. Ou vai
todo mundo junto [o partido] ou não vai ninguém. Fora que há o risco de perder
o mandato”, declarou.“O motivo de insatisfação que tenho visto é que o governo
da Bahia não tem cumprido com os deputados aquilo que ele tem falado.
Compreendemos que o governo está com dificuldades financeiras, até por isso
ninguém está apertando. Mas pedimos que ele compreenda que não se pode fazer
política sem conseguir emenda nenhuma e sem conseguir as coisas para o
interior. Senão, daqui a dois anos as pessoas do interior não votam nele”,
cobrou. Leia mais na Tribuna da Bahia.
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