Com a chegada do Hospital Metropolitano, o Menandro de Farias se transformará em um centro materno-infantil.
Desde a saída dos Mais Médicos, em novembro de 2018, a Bahia ainda é o estado do Brasil com maior déficit de profissionais. De acordo com o Ministério da Saúde, no mês de maio, 132 vagas ainda precisavam ser preenchidas em cidades baianas.
Para tentar atender as demandas nos municípios que estão com vagas abertas, a Secretaria de Saúde do Estado de Saúde (Sesab) apresentará, nos próximos dias, um programa similar ao Mais Médicos, mas com profissionais brasileiros.
Segundo o titular da pasta, Fábio Vilas-Boas, a Sesab fez um levantamento há dois meses para realizar o projeto. Neste programa, os médicos contratados seriam brasileiros formados dentro ou fora do país.
Uma outra modelagem do programa é criar uma residência em família e comunidade para os estudantes de medicina.
“Essas três modelagens seriam aplicadas para o Mais Médicos na Bahia ou no Nordeste. Já concluímos esse projeto e vamos apresentar ao governador”, afirmou Vilas-Boas”, na quinta-feira (27).
O titular da Sesab disse que não tem informações sobre o contato que os gestores do Nordeste fizeram com a Opas, organização pan-americana responsável pela exportação de profissionais de saúde, para retomar o contato com os médicos estrangeiros.
“Não conversei sobre isso com o governador. A única coisa que sei é que o governador do Piauí fez um contato com a organização do Mais Médicos”, declara o secretário.
Menandro vai virar maternidade
Para Fábio, a chegada no Hospital Metropolitano deverá movimentar a economia das cidades que ficam na Região Metropolitana de Salvador.
O secretário diz que, se o hospital for inaugurado em dezembro, dois mil empregos devem ser gerados na região.
“O hospital vai ter um forte impacto nas cidades dali. Vamos ter uma organização para contratar esses profissionais”, diz titular da Sesab.
Com 78% das obras concluídas, o hospital vai substituir o Hospital Geral Menandro de Farias, que fica na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas. Com o Metropolitano, o HGMS será uma hospital materno-infantil.
“O Metropolitano vai atender todas as especialidades, mas única coisa que o hospital não irá atender é a parte de obstetrícia e pediatria, que ficará com o Menandro”, informa Vilas-Boas.
E a fila da regulação?
Um dos projetos da atual gestão da Sesab é acabar com a fila da regulação. De acordo com o secretário, ainda não há prazo específico para a pasta zerar o número de pacientes.
“Eu não tenho esse prazo. Nó estamos avançando, mas a gente ampliou a capacidade do sistema e o volume de pedidos dobrou. Nós já tivemos uma grande melhora, porque houve uma redução de mais de 77% de pacientes”, conta.
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