sábado, 29 de junho de 2019

Rui classifica diálogos de Dallagnol sobre Wagner como ‘atentado contra a Democracia

Foto: Luiz Felipe Fernandez/bahia.ba

Governador diz que procurador escolheu Wagner como 'alvo' e que tal atitude é "tão perversa quanto a ditadura"


Na manhã deste sábado (29), o governador Rui Costa comentou, por meio das redes sociais, os diálogos entre o procurador Deltan Dallagnol e colegas da Lava Jato sobre o senador e ex-governador da Bahia Jaques Wagner. Classificadas por Rui como um “atentado contra o estado de Direito e a Democracia”, as conversas foram divulgadas pelo site Intercept Brasil.
“Deltan Dallagnol escolhe como alvo o senador Jaques Wagner para uma busca e apreensão por uma questão simbólica, dias antes da eleição. Nada de justiça. É um crime contra a democracia e o estado de Direito”, afirma o governador.
Rui destaca ainda que “este tipo de atitude é tão perversa quanto a ditadura. A sociedade apoia investigação séria para combater a corrupção, mas não apoia um judiciário e um MP em formato de partido político com feições nazistas numa perseguição cruel aos seus alvos escolhidos por conveniência ou para se construir uma ‘questão simbólica’. Muito triste”.
O governador Rui Costa (PT) reagiu aos supostos diálogos do procurador Deltan Dallagnol com membros da força-tarefa da Lava-Jato, concedidos pelo The Intercept e publicados por Mônica Bérgamo na Folha de S.Paulo. Os novos trechos indicam uma celeridade seletiva contra Jaques Wagner, em 2018, quando ele foi eleito senador na Bahia.
Segundo o petista, o conteúdo da conversa é “um atentado contra o estado de Direito e a Democracia”, a partir do momento que Dallagnol escolhe Wagner como “alvo”, a poucos dias da eleição, e diz ter motivação “simbólica”.
“Deltan Dallagnol escolhe como alvo o senador Jaques Wagner para uma busca e apreensão por uma questão simbólica, dias antes da eleição. Nada de justiça. É um crime contra a democracia e o estado de Direito”
Rui defende que tal conduta é “tão perversa quanto a ditadura” e ressaltou que a sociedade apoia uma “investigação série” que combata a corrupção. Mas não vai, contudo, apoiar “um judiciário e um MP em formato de partido político com feições nazistas”, no que chama de “perseguição cruel”: “Muito triste”.

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