O encontro do governador Rui Costa (PT) com a imprensa nesta terça-feira (20), na governadoria, serviu para apresentar um balanço da primeira metade da administração do petista. Mas também mostrou um lado cada vez mais maduro do governador: Rui tomou gosto pela política. Desde a expectativa para 2017, quando espera “ser surpreendido”, até a relação com o governo federal, o petista baiano alfinetou críticos que o tratam como um exímio administrador, porém com problemas na articulação política. Não desceu o tom nas saias justas, evitou criticar os resultados das atividades do antecessor e padrinho, Jaques Wagner, e ainda tangenciou ao falar de adversários. Rui defendeu bandeiras caras aos governos estaduais nos próximos anos. Pediu por uma repactuação da governança e do pacto federativo. Reclamou por uma pacificação institucional, citando excessos do Legislativo, do Judiciário e do Executivo. Ao falar do momento político brasileiro, o governador resumiu de maneira inusitada o cenário. Sugeriu que, caso um forasteiro estivesse parado à frente de um telejornal, teria dificuldade em “identificar” os atores institucionais no Brasil. Ao fazer uma autocrítica, o governador ainda admitiu que os números da violência são mais altos do que o esperado. Entretanto, manteve o discurso de que os comparativos nacionais devem ser menosprezados, pois são “dados falsos e inverídicos”. Ao final, foi bem mais político do que pregam os críticos. Provavelmente consequência dos fios brancos que passaram a figurar após a chegada ao Palácio de Ondina.
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